terça-feira, 11 de agosto de 2015

Guerra interna


Um motivo, uma única luz. Um brilho forte numa escuridão irritante. Tudo que necessito é acreditar, ser melhor do que já sou. A única pessoa que posso superar sou eu mesma. Posso riscar no chão um desejo qualquer e prometer que irei cumprir até o final da estação. Meu coração bombeia em intervalos menores toda vez que eu me arrisco contra minha própria palavra. Eu sou a imagem obscura que atormenta meus próprios sonhos.

Não há algemas que possam segurar minhas emoções quando elas se vão. Não há prisões, cadeias, nada! Eu não posso simplesmente forçar meus sentimentos a fazerem o que eu quero, a virem na hora que eu quero. Ouço o som de uma música que toquei na infância. Estou numa guerra, morta, com vontade de ressurgir nas sombras. Eu olho minha face no espelho e tudo o que eu quero é socar no meio dela. Estou numa guerra interna!

Eu quero quebrar as paredes e fugir, quero olhar para a luz e seguir... Mas meus pés molhados escorregam sem querer. Para onde irei? Do que temerei? Um sorriso, um choro, no início e no fim. Eu tenho algo para resolver. Pular de galho em galho não me ajudará! Eu preciso ser mais valente, corajosa e fiel aos meus instintos. Eu estou em graça, mas vivo uma desgraça, frente ao ódio, mas com um pouco de amor.

Noctur Spectrus

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